Arquivo para maio \30\America/Sao_Paulo 2011

PSP receberá bundle com MLB 11 The Show e Gran Turismo

A Sony lançará um novo bundle do PlayStation Portable em junho. O Limited Edition PSP Entertainment Pack contará com um console e dois jogos. A plataforma em questão é o PSP-3000 na cor “piano black” e Memory Stick PRO Duo de 2 GB. O pacote também vem acompanhado dos jogos MLB 11: The Show e Gran Turismo.
O bundle chega às lojas em junho e custará US$ 159,99 — aproximadamente R$ 250, sem impostos.

Resident Evil: 15 anos de horror

No dia 22 de março de 1996, o primeiro Resident Evil chegava às lojas. Apesar de não contar com uma jogabilidade tão inovadora assim, pois já tinha sido vista em clássicos como Alone in the Dark, o game surpreendeu por colocar o jogador e o protagonista em pé de igualdade. Ambos não sabiam o que se escondia à frente e poderiam ser surpreendidos a qualquer momento.
O primeiro jogo da série também criou um gênero, o survival horror, termo oriundo de uma das frases que aparecem durante os loadings do título. A categoria englobaria uma série de jogos posteriores que utilizariam a mesma fórmula, além de títulos passados, como o próprio Alone in the Dark e Sweet Home. Os dois games, inclusive, são inspirações declaradas do designer Shinji Mikami, o criador da franquia de horror.
Além disso, referências aos filmes de George Romero também são frequentes no título. A utilização de zumbis como inimigos em um jogo pode ser considerada inusitada. Os cadáveres ambulantes e extremamente lerdos podem não parecer uma ameaça muito grande quando em combate contra um time de elite. Coloque-os em corredores escuros e apertados, sem espaço para manobras, e dê pouca munição aos personagens para que a coisa mude de figura.
Após passar por uma reformulação que abandonou muitos dos traços originais que a tornaram um sucesso, a série Resident Evil é hoje uma das franquias mais lucrativas do mercado de games. É também a principal série da Capcom, competindo em importância até mesmo com grandes clássicos da indústria como Street Fighter e Mega Man. A marca também ultrapassou a barreira dos games e surgiu em uma série de outros meios, como livros e gibis, além de gerar uma franquia cinematográfica de grande sucesso.
A conspiração da Umbrellae o início de tudoAtenção: os trechos a seguir contém spoilers da trama de diversos games da série Resident Evil. Se você deseja jogá-los e se surpreender com a história, avance para o subtítulo“Expandindo a cronologia”.
Uma série de crimes brutais, ocorridos nas montanhas que rodeiam Raccoon City, resulta em vítimas dilaceradas, com marcas de mordidas que indicam canibalismo. Para lidar com o incidente, o departamento de polícia de Raccoon City envia o time Bravo, equipe secundária dos S.T.A.R.S., esquadrão que reúne os oficiais de elite da cidade.
Após 24 horas sem contato, o time Alpha é enviado para continuar a investigação e localizar os companheiros desaparecidos. É assim que começa o primeiro Resident Evil. Logo após pousarem na floresta, a equipe é atacada por estranhas criaturas e se vê obrigada a buscar refúgio em uma misteriosa mansão localizada no coração da mata. É aí que os jogadores assumem o papel de Chris Redfield ou Jill Valentine. A escolha entre os personagens também indica a dificuldade do jogo e apresenta desenrolares diferentes da história.
A mansão, porém, se mostra um porto não tão seguro assim. Povoada de zumbis e outras criaturas medonhas, o local cada vez mais prova ser parte do problema. Durante o curso das investigações, Chris e Jill descobrem que a casa, na verdade, serve de fachada para os laboratórios secretos da Umbrella e que o líder dos S.T.A.R.S., Albert Wesker, está envolvido na conspiração.
Para o público, a empresa nada mais é do que uma benevolente indústria farmacêutica que teve papel fundamental na criação e desenvolvimento de Raccoon City. O real ramo de atuação da companhia, porém, é a pesquisa e produção de armas biológicas. Para mascarar suas atividades, a Umbrella mantinha uma boa parcela de seus empregados agindo como espiões na força policial, e subornava a prefeitura para evitar intromissões em seus trabalhos.
Foi das pesquisas ilegais da Umbrella que surgiu o T-Vírus, responsável pela criação dos zumbis e outras armas biológicas enfrentadas por Chris e Jill. A própria missão de investigação conduzida pelos S.T.A.R.S. não passava de mais um teste do potencial dos armamentos orgânicos, conduzido pelo próprio capitão do esquadrão, Albert Wesker. O feitiço, porém, se volta contra o feiticeiro quando o próprio vilão é brutalmente assassinado por uma de suas criações.
Chocados com a morte de grande parte de seus companheiros, Chris, Jill e os poucos sobreviventes dos S.T.A.R.S. voltam à cidade dispostos a revelar toda a verdade. Desacreditados, os policiais são afastados de seus deveres sob acusação de uso de entorpecentes e se veem obrigados a agir por conta própria.
Raccoon City sitiadaO caos em forma de zumbiA preocupação da Umbrella com o acobertamento de suas próprias atividades se resumia não apenas a policiais e outras forças de investigação, mas também a seus próprios funcionários. Em um laboratório localizado no subterrâneo de Raccoon City, estava sendo desenvolvido o G-Vírus, capaz de criar armas biológicas ainda mais perigosas.
O envio de tropas da empresa para roubar a pesquisa de seu criador, William Birkin, resultou no vazamento da substância e infecção de todo o sistema de esgotos da cidade, bem como do suprimento de água. Aos poucos, mais e mais pessoas se tornavam vítimas das pesquisas ilegais da Umbrella até que todo o município acabou tomado pelo caos.
É nesse ensejo que se inicia Resident Evil 2. Chegando à cidade para seu primeiro dia de trabalho, o policial novato Leon Scott Kennedy encontra uma cidade completamente deserta. Em um de seus primeiros encontros com os zumbis, acaba salvando Claire Redfield. A moça foi a Raccoon em busca de informações sobre o paradeiro de seu irmão, Chris, sem saber que cairia de paraquedas em um enredo típico dos longas de Romero.
Juntos, os dois se aventuram pela delegacia e pelos esgotos de Raccon até chegar ao laboratório de pesquisas liderado por William Birkin e sua esposa, Annette. No processo, descobrem como o drama da família afeta principalmente Sherry, a filha do casal.
Ao mesmo tempo em que Leon e Claire tinham sua experiência com os horrores de Raccoon City, Jill Valentine lutava para sobreviver a uma das armas biológicas mais terríveis inventadas pela Umbrella. Em Resident Evil 3: Nemesis, o monstro homônimo é enviado à cidade para exterminar os membros remanescentes dos S.T.A.R.S.
O game é dividido em duas partes, a primeira passada 24 horas antes de Resident Evil 2, e a segunda um dia depois. Durante o jogo, Jill Valentine acaba infectada pelo T-Vírus e, após obter a cura, acaba fugindo de Raccoon City poucos minutos antes de uma explosão nuclear destruir completamente a cidade. O bombardeio foi ordenado pelo presidente norte-americano como única maneira de evitar que a infecção se espalhasse para outros locais.
Após o incidente, Jill parte para a Europa e se reúne com seus antigos companheiros dos S.T.A.R.S. Leon e Sherry são capturados por agentes federais e Claire foge para continuar a busca por seu irmão.
Albert WeskerAssumindo o posto da Umbrella
Como se a ameaça da Umbrella já não fosse ruim o suficiente, em Resident Evil CODE: Veronica, um segundo mal é adicionado ao rol de inimigos criado pela Capcom. Albert Wesker, o antigo líder dos S.T.A.R.S. e dado como morto após o final do primeiro game da série, retorna para mais um confronto com Chris Redfield.

O objetivo real do vilão era roubar os dados de pesquisa da Umbrella e utilizá-los em benefício próprio. Para forjar sua própria morte, Wesker injetou em si mesmo um vírus modificado, que o levaria a um estado de coma temporário e o faria ressurgir com poderes sobre-humanos. Dessa forma, ele poderia sair de cena e agir nas sombras, aparecendo apenas quando necessário.

No game, Claire Redfield é capturada pela Umbrella e enviada para a Rockfort Island. Lá, ela deve escapar das garras do lunático Alfred Ashford, último descendente de uma das famílias que deram origem à Umbrella. Ao descobrir o destino da irmã, Chris parte em seu resgate.
CODE: Veronica também é o game responsável por alçar Wesker à categoria de principal vilão de toda a saga. Sua importância ultrapassou até mesmo a da Umbrella que, abalada pela falta de relações com o governo norte-americano e a repercussão do desastre em Raccoon City, teve de fechar as portas.
Tiros e mais tirosMudança de focoResident Evil 4 mostra um mundo já livre da maligna empresa, mas não a salvo de ameaças. O título marca o início de uma nova era na série. Saem os corredores escuros e a jogabilidade travada, entra uma câmera sobre o ombro, cenários completamente tridimensionais e um foco muito maior na ação. A dinâmica mais movimentada do game, porém, também culminou na última aparição dos zumbis em um jogo da série principal.
O game marca também o retorno de Leon, agora um agente do Serviço Secreto dos Estados Unidos, enviado para uma área desolada da Europa em uma missão de resgate de Ashley Graham, a filha do presidente. A garota foi sequestrada por um culto religioso que tem, como principal objetivo, subverter a ordem mundial com a utilização do Las Plagas, um parasita de controle mental.
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O sequestro de Ashley, porém, não é o único acontecimento que faz parte do game. Wesker também está envolvido e deseja obter uma amostra do Las Plagas para usar em benefício próprio. Bem-sucedido em seu objetivo, o vilão parte para executar sua última cartada.
Resident Evil 5 é o palco do plano final de Albert Wesker. Usando o Las Plagas e todos os outros vírus desenvolvidos pela Umbrella, o vilão deseja extinguir toda a raça humana de forma que apenas os indivíduos superiores permanecessem. O “filtro” seria o Uroboros, espécie de mistura entre vírus e parasita que seria disperso na atmosfera, infectando todo o planeta.
Ele não contava, porém, com a intervenção de Sheva Alomar e Chris Redfield, seu antigo rival. Membros de um esquadrão que combate incidentes bioterroristas ao redor do mundo, os dois são enviados à África para prender um traficante de armas. Durante a investigação, acabam descobrindo sobre os desígnios do vilão e ficam com a responsabilidade de impedi-lo.
De acordo com a Capcom, Resident Evil 5 serve como um ponto de fechamento para a trama principal e realmente encerra a história iniciada no primeiro game da série. Daqui para frente, o futuro é incerto. Relatos preliminares divulgados pela produtora indicam a possibilidade de um reboot da franquia. mas, até o momento em que este artigo foi escrito, não existem informações sobre um sexto capítulo.
Expandindo a cronologiaHistórias complementares e spin-offsCom mais de 30 jogos lançados para as mais diferentes plataformas, incluindo celulares, dá para imaginar que a trama de Resident Evil não é tão simples quanto resumida nos trechos acima. Na verdade, apesar da série principal ser composta por oito jogos, diversos outros títulos complementam ou adicionam fatores importantes à cronologia.
O maior exemplo da constatação acima é Resident Evil: The Umbrella Chronicles. O game, lançado em 2007 com exclusividade para o Nintendo Wii, reconta os acontecimentos dos primeiros jogos a partir de um ponto de vista muito peculiar: o do próprio Albert Wesker.
No título, o jogador é apresentado a uma versão resumida dos acontecimentos de Resident Evil Zero, do primeiro game da série e de RE3. O mais interessante, porém, são os relatos dos “bastidores” desses fatos, que mostram o caminho de Wesker durante o incidente da mansão e os primeiros passos de seus planos. O game conta ainda com um capítulo inédito que reúne Chris e Jill pela primeira vez desde o jogo original da série.
A Capcom utilizou abordagem semelhante com Resident Evil: The Darkside Chronicles. Desta vez, o autor das “crônicas” é Leon, que relata o inferno sofrido por ele e Claire durante a infecção em Raccoon City, além dos acontecimentos dos quais a moça participou na Ilha Rockfort. As histórias são contadas a seu antigo parceiro Jack Krauser, o mesmo que aparece como vilão em RE4.
Como em Umbrella Chronicles, Darkside Chronicles também apresenta um capítulo inédito, mostrando como Krauser definiu seu alinhamento e passou de herói para vilão. O segundo game exclusivo para Wii, porém, conta com bem menos influência na cronologia do que seu antecessor, apesar de apresentar grandes melhorias na dinâmica e jogabilidade.
Em duas ocasiões, a Capcom também voltou atrás para rever acontecimentos antigos sob uma nova ótica e adicionar acontecimentos inéditos. É o caso do remake do primeiro jogo da franquia e de Resident Evil Zero, ambos lançados em 2002 para o Nintendo GameCube.
Img_normalO título não é apenas uma renovação total do game original, com novos gráficos e personagens remodelados. Para o lançamento, a Capcom também adicionou pontos completamente inéditos à trama, bem como novas áreas e variações dos enigmas já conhecidos, para surpreender aqueles que se julgavam mestres em Resident Evil.
Já Resident Evil Zero, como o nome já diz, é um prequel que retrata as 24 horas anteriores à missão de Chris e Jill na mansão. No controle de Rebecca Chambers e Billy Coen, o jogador descobre a história dos responsáveis pela criação do T-Vírus, que remete às origens da própria Umbrella, e o destino do time Bravo dos S.T.A.R.S.
A primeira aventura online na série se deu em Resident Evil Outbreak. No game, o jogador controlava cidadãos comuns de Raccoon City, que se viam sem alternativas a não ser lutar pela própria sobrevivência. Lançado exclusivamente para o PlayStation 2, um console sem funções nativas de acesso à internet, o título chegou a ter uma sequência, mas, apesar de adorado por uma boa parcela dos fãs, não gerou uma subfranquia consistente.
Em mais uma reimaginação, a Capcom decidiu criar um Resident Evil com ares de FPS em Survivor. Com histórias paralelas, a série de títulos trazia a ação da terceira pessoa para a primeira, com uma jogabilidade que permitia o uso de acessórios em formato de pistola, fazendo com que o jogador atirasse “de verdade” contra os zumbis na tela.
Apesar dos ares de mini game, dois dos três títulos dessa subsérie apresentaram tramas interessantes que, apesar de influenciarem muito pouco na cronologia central, adicionam fatos interessantes à saga. No primeiro deles, por exemplo, o jogador é apresentado à saga de um homem sem memórias durante um acidente biológico na Ilha Sheena, mais um laboratório secreto da Umbrella.
Já Resident Evil: Dead Aim se passa durante a derrocada da Umbrella. Na pele do agente do governo americano Bruce McGivern, a missão do jogador é impedir que um terrorista atacasse a civilização utilizando os vírus mortais da empresa. Apesar de ser um título secundário da franquia, esse game conta com cenas de cortes muito bem trabalhadas e gráficos bonitos, que aproveitam bem o potencial do PlayStation 2.
A Capcom também criou uma série de jogos de Resident Evil para celulares. Em sua maioria, os títulos são mini games de tiro ou aventura, mas existem também aqueles que tentam reproduzir a experiência de se jogar nos consoles. É o caso, por exemplo, da adaptação do quarto game da série para o iPhone.
O pulo para a tela grandeCom muitas diferençasEm 2002, “Resident Evil: O Hóspede Maldito” chegava aos cinemas brasileiros em meio à desconfiança dos fãs. O filme do diretor Paul W.S. Anderson (conhecido dos gamers por sua adaptação de Mortal Kombat para a tela grande) apresentava um roteiro bem diferente do que os jogadores estavam acostumados a jogar.
Saem as mansões escuras e cenários decrépitos, entra um laboratório de alta tecnologia da Umbrella. A modificação serve de apoio para a história de Alice, interpretada por Milla Jovovich. Ao acordar completamente desmemoriada, a moça é surpreendida pela chegada dos agentes de segurança da empresa farmacêutica. A missão dos oficiais é averiguar um incidente no centro de pesquisas da companhia, que foi completamente isolado pela inteligência artificial que controla o lugar.
Apesar de contar com zumbis e até mesmo o Licker, um dos monstros mais aclamados de Resident Evil 2, o longa apresentou uma dinâmica com foco muito maior na ação do que no terror. Os tiroteios eram embalados com rock pesado e o longa continha, inclusive, cenas de luta entre humanos e mortos-vivos. Todos esses elementos passam bem longe do terror característico dos primeiros games da série.
Ainda assim, a recepção do público foi positiva e rendeu uma sequência, “Resident Evil 2: Apocalipse”. Para retratar os acontecimentos do terceiro game da série, Paul Anderson inclui alguns personagens dos jogos, como Carlos Oliveira, Nemesis e uma bela Jill Valentine, interpretada por Sienna Guillory.
A entrada deles, porém, faz muito pouco para aproximar os filmes dos jogos. Em “Apocalipse”, a missão de Nemesis era entrar em confronto com Alice, de forma que a Umbrella pudesse testar qual das duas armas biológicas era a mais eficaz. Sim, a personagem de Milla Jovovich também foi manipulada pela maléfica empresa, que a concedeu poderes muito além da capacidade de qualquer ser humano normal.
O sucesso de público cada vez maior trazia consigo longas cada vez mais elaborados, pelo menos no que tocava cenas de ação e a dimensão dos acontecimentos retratados. Em “Resident Evil 3: A Extinção”, praticamente toda a humanidade havia sido infectada pelo vírus da Umbrella, que também transformou o mundo em um deserto infrutífero.
Sem controle sobre seus poderes, Alice acompanha uma caravana de sobreviventes liderada por Carlos e Claire, mais uma personagem dos games estreante nos filmes. A protagonista é caçada constantemente pelos satélites da Umbrella, já que seu sangue pode ser a única chave para a cura do vírus que assola o mundo.
Apesar do roteiro raso e das cenas capazes de causar convulsões em qualquer fanático pelos games, “Resident Evil 3: A Extinção” obteve o maior sucesso de público de toda a franquia cinematográfica. O resultado serviu como uma carta branca para Paul Anderson, que produziu “Resident Evil 4: Recomeço”.
O filme utiliza o Fusion Camera System, a mesma tecnologia usada por James Cameron em “Avatar”. Utilizando todas as possibilidades que apenas o cinema 3D proporciona, Paul Anderson criou cenas de ação ainda mais trabalhadas e com elementos que, literalmente, saltam aos olhos do espectador.
Na trama, Alice obtém sucesso em seu último ataque contra a Umbrella, mas perde todos os seus poderes no processo. Sozinha, ela segue em busca de seus antigos companheiros até Los Angeles. Reunida com um novo grupo de sobreviventes, ela descobre que a ameaça da empresa está longe de chegar ao fim e que Albert Wesker, seu maior inimigo, está por trás de tudo.
FuturoNovidades à vistaA Capcom tem grandes planos para o futuro da série. Além de Resident Evil 6, já dado como certo, mas, ainda não anunciado, a empresa pretende lançar três novos títulos, para as mais diversas plataformas, entre 2011 e 2012. A grande bola da vez é o Nintendo 3DS, que receberá dois novos jogos da franquia.
O primeiro deles, com data de lançamento marcada para o dia 28 de junho, é Resident Evil: The Mercenaries 3D. O título transforma o famoso mini game em um jogo independente e adiciona novas funcionalidades e personagens. Além da estreia de Claire Redfield no modo, esse será o primeiro game da série a permitir que os jogadores andem e atirem ao mesmo tempo.
Img_normalMarcado para sair no ano que vem, Resident Evil: Revelations traz, mais uma vez, a dupla de protagonistas preferida da maioria dos fãs: Chris e Jill. Com poucas informações divulgadas até o momento, a aventura se passa antes mesmo dos acontecimentos do quinto jogo da franquia e tem como principal destaque trazer de volta os antigos elementos de terror que transformaram Resident Evil em um sucesso.
Além dos zumbis, o jogo utilizará as funcionalidades tridimensionais do portátil para criar uma imersão nunca antes vista na série. O foco aqui é a exploração dos cenários e o retorno da sensação de que há uma ameaça em cada esquina. Uma demonstração mais profunda do título está marcada para acontecer durante a E3 2011.
O principal título da Capcom para este ano fiscal, porém, é Resident Evil: Operation Raccoon City. O game pretende focar ainda mais na ação do que os antecessores e, literalmente, transformar o incidente em Raccoon City em palco para tiroteios e grandes batalhas entre esquadrões de elite.
De um lado, estão as forças especiais da Umbrella, com a missão de apagar as provas do envolvimento na empresa no desastre. De outro, um time especializado do exército americano, enviado a Raccoon para proteger os sobreviventes. E no meio disso tudo estão os monstros clássicos, que constituem tanto uma ameaça como uma vantagem, que pode ser utilizada de forma estratégica contra os oponentes.
Desenvolvido pela Slant Six Games e com lançamento marcado para o próximo inverno americano (entre os meses de dezembro de 2011 e fevereiro do ano que vem), o título terá grande foco no online, mas sem esquecer o modo história. A Capcom tem grandes expectativas para o título e quer que ele ultrapasse a marca de 2,5 milhões de unidades vendidas, mais do que o esperado para Street Fighter X Tekken, por exemplo.
Por último, no campo cinematográfico, dois novos filmes também já estão a caminho, ambos com lançamento marcado para o ano que vem e pouquíssimas informações divulgadas. Um deles é a animação Resident Evil: Damnation (condenação, em tradução livre) e terá Leon como protagonista mais uma vez.
Já o segundo é Resident Evil: Retribution (retribuição, em inglês, provavelmente com sentido de vingança), o quinto capítulo da saga cinematográfica. Por enquanto, as atrizes Milla Jovovich e Sienna Guillory já estão confirmadas, nos papéis de Alice e Jill, respectivamente. O roteiro, mais uma vez, é de autoria de Paul Anderson.

Gotham City Impostors

Parece Batman… Mas não é

Gotham City Impostors traz consigo uma proposta um tanto curiosa, algo que poderia ser descrito da seguinte forma: trata-se de um jogo do Batman… Sem a presença do Batman. Aliás, a ausência do Homem-Morcego não é a única. Mesmo os vilões clássicos do herói ficaram de fora. Para ocupar o vácuo deixado, aparece uma patota composta cópias baratas do alto escalão do universo DC. Ok, isso não é necessariamente ruim.
Em termos mais práticos, o projeto da Monolith Productions — mesma responsável pela série F.E.A.R. — envolve um FPS (tiro em primeira pessoa) despretensioso no qual a personalização parece cumprir um papel central. Aqui, Gotham City se transforma em um palco para que até oito competidores finjam ser Batman, Coringa e afins para trocar tiros em suas roupas espalhafatosas e multicoloridas.
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Mas repetindo: não há Batman aqui, assim como não há o Coringa — e nem os seus compadres criminosos de lapelas igualmente coloridas. Mas sim, esse fingimento pode ser divertido, sobretudo quando se considera que a proposta aqui visa às redes de distribuição online dos consoles. Vamos a alguns detalhes.
Batman com arma de PVC e calças coloridas
Conforme mencionado acima, não há em Gotham City Impostors qualquer personagem real do universo da DC. Em vez disso, o que se tem é um bando de engraçadinhos pretensiosos vestindo roupas semelhantes às dos heróis e vilões criados pela produtora. A propósito, é justamente aí que se encontra o pilar principal do conceito trazido pela Monolith: personalização.
Absolutamente nada aqui é fixo, nem mesmo as tradicionais cuecas sobre as calças. Tudo pode ser alterado, das roupas às armas, sempre com alterações sensíveis na jogabilidade. Por exemplo, um corpo mais esguio poderá se mover com mais rapidez — embora não sem o prejuízo óbvio da força física.
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Também as suas armas podem se parecer com qualquer coisa aqui. Elas podem trazer texturas e cores cômicas (cor-de-rosa, por exemplo), e também podem ser feitas a partir de canos de PVC — não, aparentemente, nada impede que você tenha um cano de PVC cor-de-rosa. O resultado final ainda poderá disparar mísseis ou fogos de artifício com a mesma pose…
De qualquer forma, o que importa é fazer bonito na hora do tiroteio — lembre-se, não é
Batman. Isso concederá pontos de experiência com os quais será possível comprar ainda mais itens personalizáveis, o que significa, é claro, personagens ainda mais poderosos e bizarros. O resultado final? Um universo falsificado e completamente insano com figuras caricatas (e pesadamente armadas!) correndo para todos os lados.
Heróis e vilões… Qual era mesmo a diferença?
O mais curioso? É realmente difícil saber quem é mais insano no campo de batalha, se os heróis ou os vilões — não que isso realmente faça alguma diferença. O melhor mesmo é se manter atento aos nomes flutuando sobre cada uma das cabeças na arena.
De qualquer forma, levando-se em conta que poucas informações foram reveladas até o momento, uma dúvida crucial permanece pairando entre as calças coloridas e os canos de PVC de Gotham City Impostors: incluir o nome “Gotham City” no título foi simplesmente uma manobra comercial?
É de se esperar que o apoio de um nome de peso não acabe virando uma espécie de muleta para um resultado final simplesmente mediano. O negócio é esperar por mais detalhes. Gotham City Impostors tem lançamento previsto para algum momento de 2011. Aguarde novidades.

Como Registrar o Brasfoot 2011


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Sem PlayStation Store, modo online de DiRT 3 não funciona

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O sistema de passes online, utilizados por algumas produtoras de jogos para coibir a venda de títulos usados, está impedindo que donos do game DiRT 3 joguem online por meio da PSN. O voucher encartado em cada cópia do jogo deve ser ativado por meio da PlayStation Store, que continua desativada após os ataques hackers que tiraram toda a rede do PlayStation 3 do ar no dia 20 de abril.
Usuários de Mortal Kombat, por exemplo, passaram por problema parecido e, mesmo com o retorno da PlayStation Network, não conseguiam se conectar para jogar. Nesse caso, a Warner liberou a jogatina online até o restabelecimento da loja. A Codemasters, porém, não pretende seguir pelo mesmo caminho, afirmando apenas que espera o restabelecimento dos serviços o mais rápido possível.
DiRT 3 chegou ontem ao mercado, e será analisado pelo Centro dos Games Brasil em breve.

F1 2011: data de lançamento anunciada e plataformas confirmadas

A Codemasters confirmou a data de lançamento de F1 2011 e também anunciou que o jogo está sendo desenvolvido para quatro plataformas diferentes. A desenvolvedora britânica afirma que o jogo será lançado no dia 23 de setembro, nas plataformas PlayStation 3 e Xbox 360. Há também versões para Nintendo 3DS e NGP, que devem chegar às lojas um ano depois da data supracitada.
Segundo a companhia, o jogo permitirá que os jogadores se sintam como verdadeiros pilotos, graças a diversos avanços realizados tanto na jogabilidade quanto nos elementos técnicos. O título também deve oferecer modo multiplayer competitivo e cooperativo, assim como melhorias no visual. Fique ligado aqui no Baixaki Jogos para mais informações.
[ATUALIZADO] Segundo informações liberadas recentemente no site oficial do game, que você confere clicando aqui, F1 2011 também será lançado para PC.

Problemas na LIVE assustam os jogadores

Usuários do Xbox 360 estão reportando problemas para acessar a área de compras (Marketplace) da Xbox LIVE, a rede online do console. Além disso, quem utiliza o PC também está enfrentando dificuldades.  
A Microsoft diz estar ciente dos erros encontrados pelos usuários e afirma estar trabalhando para resolver a situação. Provavelmente, os problemas estão relacionados ao desenvolvimento da atualização da dashboard, que deve ser disponibilizada em breve.

Mario & Sonic at the London 2012 Olympic Games

Vá aos jogos de Londres com Mario e Sonic!

Os games em que as turmas de Mario e Sonic vão às Olimpíadas para competir já podem ser considerados parte de uma franquia semelhante aos títulos oficiais das diversas ligas esportivas lançados anualmente pela Electronic Arts, afinal, parecem ter garantido uma periodicidade fixa.
Contudo, além da linha Mario & Sonic sair a cada dois anos (graças às Olimpíadas de Inverno, descobertas recentemente pelo público brasileiro) e não um, a franquia difere de FIFA, NHL e afins por apresentar os esportes olímpicos de maneira despretensiosa e divertida — abordagem que levou a série a vender ao todo 19 milhões de cópias desde o seu primeiro título, inspirado nos Jogos de Pequim.
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Na versão de Londres, a primeira mudança e mais fácil de ser percebida obviamente é a ambientação. Os cenários são todos inspirados na cidade em que a família real britânica reside. Desse modo, os jogadores irão se cansar de ver o Big Ben ao fundo das competições de hipismo e de realizar partidas de badminton na Arena de Wembley. Mas as novidades não param por aí.
Novas modalidades
É fato que os dois últimos jogos da linha esportiva da SEGA e da Nintendo eram diferentes entre si. Embora os dois fossem títulos baseados em mini games esportivos, o último a ser lançado teve a vantagem de ser ambientado nas Olimpíadas de Inverno, nas quais os esportes eram diferentes dos Jogos Olímpicos tradicionais.
Img_normalQuatro anos depois do lançamento do primeiro jogo, contudo, apenas embalar o game com uma nova capa e mudar os cenários em que as competições se realizam não será o suficiente para convencer os donos de um Wii de que um bom novo título está a caminho.
Desse modo, foram adicionados quatro novos esportes: hipismo, badminton, canoagem e futebol. Assim como nos games anteriores da série, a jogabilidade de cada mini game é diferente e procura fugir do usual ao determinar que, além de imitar os movimentos do esporte real, seja necessário fazer tudo isso no tempo e na direção certas.
As competições de hipismo, por exemplo, exigem que o jogador balance o Wii Remote para controlar o seu cavalo. Contudo, o game encoraja os usuários a imitarem um jóquei imaginando que o controle forma as suas rédeas. Isso faz com que Mario & Sonic at the London 2012 Olympic Games seja um grande candidato a bater Just Dance 2, com a sua coreografia da música “Rasputin”, como jogo responsável pelas poses mais embaraçosas da história do console da Nintendo.
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Do mesmo modo, nas provas de canoagem será necessário remar quando o jogo indicar o melhor momento para a tarefa. Além disso, como qualquer um que tenha praticado o esporte na vida, a tarefa é muito mais fácil de ser realizada quando se possui um companheiro para ajudá-lo nessa atividade.
Esquecer a fidelidade não é sempre ruim
Só porque Mario & Sonic at the London 2012 Olympic Games apresenta uma jogabilidade que busca recriar os esportes de verdade não significa que o jogo perca qualidade. Afinal, estamos falando de um título desenvolvido pela SEGA e que conta com personagens da Nintendo, uma companhia que fez fama ao criar versões mais flexíveis de diversos esportes, como o tênis e as coridas de kart.
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Dessa forma, é possível encontrar nessas Olimpíadas, além dos esportes tradicionais, os chamados Dream Events, em que a jogabilidade se assemelha à dos mini games encontrados às pencas em todas as edições de Mario Party.
Assim, é bom preparar-se para, enquanto realiza uma competição para descobrir quem atravessa o cenário mais rapidamente, ter de se preocupar em desviar das famosas e gigantes Bullets Bill (as balas que atormentaram o encanador italiano em vários estágios de suas aventuras).
Há também, para alegria dos fãs do porco-espinho azul da SEGA, um estágio em que os competidores devem coletar anéis em uma arena da mesma forma que Sonic fazia pela Green Hill Zone.
Competição tridimensional
Na versão para o novo portátil da Nintendo, o game busca utilizar todos os recursos oferecidos pelo 3DS. Desde a meia-maratona, na qual o seu personagem deve ser guiado pela stylus, até os exercícios de ginástica com o cavalo, nos quais o giroscópio do console é utilizado. Assim, para seguir em frente e realizar as manobras, é necessário rotacionar o aparelho da maneira certa para a execução perfeita de cada movimento.
Não importando a versão escolhida, contudo, Mario & Sonic at the London 2012 Olympic Games procura oferecer uma experiência agradável a pessoas de todas as idades. Desde aqueles que acompanharam a ferrenha disputa entre Mario e Sonic na geração 16-bit até os que já nasceram enquanto os dois competiam amistosamente nas Olímpiadas de Pequim.

Inversion

Corra pelas paredes ou pelo teto… Ou esqueça tudo e vá flutuando!

“A gravidade é como quase tudo o que conhecemos. Não damos a devida importância a ela até que a tenhamos perdido”. É com essa grande frase de impacto que o policial Davis Russel começa a narração presente no trailer de Inversion, jogo no qual é protagonista.
O game é um shooter em terceira pessoa que possui a diferença de incluir a presença de armas que manipulam a gravidade. Quem torceu o nariz pensando estar presenciando o anúncio de mais um título que tenta explorar o sucesso da Gravity Gun (de Half Life 2) deve, contudo, prestar atenção nos diferenciais apresentados por Inversion.
Para começar, a Gravlink Gun (nome dado ao aparato que permite a manipulação das forças de atração em Inversion) permite não apenas anular a gravidade que atua sobre um objeto ou pessoa, mas também alterar a sua intensidade.
Assim, várias possibilidades de jogo são criadas, desde a chance de anular a gravidade de um local para fazer com que inimigos que estejam se protegendo ali flutuem e virem alvo fácil até a oportunidade de reduzir a força que atua sobre um companheiro (fazendo-o dar saltos possíveis até então apenas em locais com gravidade semelhante à lunar).
A ameaça veio de fora
A trama de Inversion se inicia quando estranhas alterações no fluxo de gravidade do planeta acontecem. De repente, aqueles que parecem ser os responsáveis pela quebra da rotina da população mundial decidem aparecer. Um exército de alienígenas (identificado simplesmente como “Lutadore”) ataca as cidades com suas armas gravitacionais e espalhando o caos.
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Em meio a todos esses acontecimentos, o jogador assume o papel de Davis Russel, um policial que perdeu a sua esposa durante os ataques e que procura a sua filha pequena desaparecida. Juntamente com seu parceiro, Leo Delgado, cabe a Russel liderar a resistência humana à investida desses estranhos extraterrestres.
Uma guerra explosiva
É claro que não basta apenas fazer com que os inimigos flutuem ou então que sejam impedidos de pular por conta de uma gravidade cinco vezes superior à normal. Todos possuem armas como rifles e explosivos que não são inofensivos quando estão em uma zona de gravidade zero.
Img_normalPor conta disso, é necessário criar as mais variadas estratégias com os recursos disponíveis para encontrar o modo mais eficiente de acabar com os adversários antes que eles o exterminem.
Afinal, é bom ressaltar que tudo demonstra que a tecnologia capaz de provocar mudanças na gravidade chegou ao planeta juntamente com o exército que o ameaça. Portanto, vale se preparar para ter que se proteger não só dos projéteis do exército extraterrestre, como também dos disparos de suas Gravlink Guns.
Por outro lado, Russel possui a sua disposição um cenário incrivelmente interativo que pode ser utilizado nas batalhas contra os Lutadore. Assim, além de utilizar a sua arma gravitacional para expor adversários, é possível também explodir elementos do cenário para cair ou atingir os inimigos.
O nível de destruição do cenário é muito alto e se assemelha ao de Red Faction: Armageddon (cujo lançamento está previsto para o dia 7 de junho). Contudo, Inversion impressiona por permitir que até edifícios inteiros venham abaixo como resultado das intensas batalhas travadas no jogo.
Entretanto, não são todos os prédios que serão destrutíveis, mas apenas a inclusão da possibilidade de realizar o sonho de provocar a demolição de um arranha-céu já demonstra o empenho da equipe da Saber Interactive em oferecer um amplo nível de interatividade com o cenário.
Perfeito para quem quiser brincar de físico
Russel começa a sua batalha apenas com as funções básicas da Gravlink Gun (as quais, por sinal, já são impressionantes). Conforme se avança pela história, entretanto, é possível realizar atualizações do equipamento e incluir novas e utilíssimas habilidades, como aumentar e diminuir o impacto da gravidade sobre os corpos.
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É interessante notar como os efeitos são aplicados ao combate. Um inimigo que estiver flutuando em gravidade zero e leva um tiro de escopeta no meio do peito, por exemplo, morre da mesma forma que alguém em condições normais. A diferença é que os pedaços remanescentes continuam flutuando, algo que transforma os campos de batalha de Inversion em um verdadeiro festival visual.
Img_normalHá também disparos de ondas gravitacionais que fazem com que tudo que esteja em seu caminho flutue. Além disso, existem alterações que ocorrem independentemente do uso de armas — como é o caso das anomalias, extensas áreas em que os corpos não sofrem a influência de qualquer tipo de força de gravidade.
Outras interações interessantes com a gravidade aparecem com a utilização dos vetores gravitacionais, os quais alteram a direção da atração sofrida pelos corpos. Desse modo, basta utilizá-los para passar a correr sobre a superfície de um edifício com a segurança de quem corre em um parque nas manhãs de domingo.
Levará algum tempo, entretanto, até que possamos alterar a força com que somos atraídos para o chão. Inversion está programado para sair no dia 7 de fevereiro do ano que vem, com versões para o PlayStation 3 e Xbox 360 publicadas pela Namco Bandai.

Promessa não cumprida: as imagens mais falcatruas dos games

Ah, a E3. A famosa Electronic Entertainment Expo (E3) finalmente está chegando. E o que isso significa? Bem, tratando-se do maior evento de video games do mundo todo, podemos esperar por, pelo menos, alguns anúncios bombásticos. Além do tão comentado Project Café, é bem provável que o público seja contemplado com vídeos e imagens de jogos que só chegarão aos consoles daqui a alguns anos.

E, normalmente, os trailers exibidos durante a feira são de cair o queixo. Às vezes, a própria proposta do jogo nem chega a ser muito empolgante, mas, mesmo assim, os vídeos arrancam suspiros. Parece haver alguma mágica, algo que deixa tudo mais bonito, mais intenso e bem parecido com aqueles jogos de nossos sonhos.

Para a surpresa de muitos, vários títulos realmente apelam para recursos extras para conseguir surpreender os espectadores. Você provavelmente já deve ter visto alguma imagem de algum game bacana e, quando chegou na hora da jogatina, percebeu que nem tudo era tão maravilhoso assim. Felizmente, sua visão não está se deteriorando. Você acaba de presenciar um bullshot.

O termo, cunhado pelo pessoal da Penny Arcade, surgiu para definir as imagens extraordinárias de jogos que ainda não foram lançados e, quando chegarem às lojas, certamente não serão como o anunciado. Os bullshots, basicamente, são aquelas famosas fotos que mostram muito mais do que o produto final realmente tem a oferecer.

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Obviamente, isso não deixa ninguém feliz — principalmente os jogadores. É realmente frustrante ver seu jogo favorito chegando bem diferente do que foi prometido, acabando com boa parte da empolgação do jogador, que normalmente se sente enganado.

Mas qual é o motivo de toda essa “enganação”? O Baixaki Jogos resolveu se aprofundar um pouco mais nesse assunto tão polêmico que assombra a vida de muitos jogadores — principalmente os fanboys. E, de quebra, você confere alguns dos maiores exemplos de bullshots. Limpe seus óculos e vamos lá.

A origemSurgiu como solução, acabou como problema
Ao contrário do que muitos imaginam, essas imagens mais belas do que a vida real não surgiram com o propósito de enganar os jogadores. Na realidade, tudo começou na época do saudoso Nintendo 8-bits, quando muitos jogos traziam imagens da versão para fliperamas em suas caixas. Tudo para deixar claro que o game realmente era semelhante ao que você jogava nos arcades.
Entretanto, é na era do PlayStation que as coisas começaram a ficar complicadas. Mesmo com as melhores intenções possíveis, a imprensa se viu obrigada a alterar as imagens dos jogos que eram lançados na época, graças a um conflito de resoluções.
Basicamente, quando as capturas dos jogos eram feitas através de frame grabbers ou retiradas diretamente do console anfitrião, o resultado não era adequado. O motivo? Naquela época, os monitores eram todos CRT (o famoso “tubo”) e, nesse display, há uma suavização natural das bordas. Sendo assim, se as imagens dos jogos fossem capturadas pelo PC e impressas, as fotos seriam bem diferentes do que o jogador veria em casa ao jogar.
A solução? Muitos editores passaram a simplesmente fotografar televisores CRT que rodavam os jogos, já que o resultado final era uma imagem que se assemelhava bastante com o que era visto pelo jogador em sua casa. Mesmo assim, essa definitivamente não era a melhor solução.
Como resultado, tínhamos desenvolvedores lutando para encontrar um jeito de divulgar seus jogos sem ter de distorcê-los demasiadamente. Uma tarefa complicada, já que a resolução dos televisores da época raramente passava de 72dpi (dots per inch, ou pontos por polegada, em português), enquanto as revistas traziam até 300dpi.
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Eis que finalmente surge um processo de captura que tinha tudo para ser um sucesso, acabando de vez com o problema das screenshots. Essencialmente, os desenvolvedores capturavam uma cena do jogo e então a renderizavam novamente para uma resolução normal. Depois disso, basta diminuir sua escala e pronto, temos uma imagem real do motor gráfico do game, mas muito mais natural e menos quadriculada.
Isso não só permitiu que os jogos da época fossem retratados da maneira que deveriam, mas também deu a oportunidade de criar imagens enormes e ideais para uso ilustrativo em campanhas publicitárias. Tudo parecia resolvido e todos estariam felizes, não é mesmo?
E então, onde está o problema, Baixaki Jogos? Bem, o grande infortúnio é que essa técnica, que consiste em realizar uma renderização numa resolução maior e então diminuir a escala da imagem, continua sendo aplicada. E como você deve saber, vivemos na era dos monitores e televisores de alta-definição.  
Em suma, temos consoles poderosos o suficiente para gerar gráficos de alta qualidade e a resoluções de até 1080p — algo mais que ideal para qualquer meio de comunicação. Mesmo assim, algumas desenvolvedoras insistem em repetir o processo de renderização que só precisava ser utilizado nos consoles das gerações passadas. Eis o típico bullshot.

Só uma rápida explicação: bullshot é um trocadilho com uma palavra de baixo calão utilizada na língua inglesa, a qual, originalmente, significa algo como “sacanagem”, mas em um to mais agressivo. Nada melhor para ilustrar a indignação causada pelas imagens manipuladas, não é mesmo?
Isso é mentira!Jogos e imagens que não batem
Para ilustrar como a indústria dos jogos pode ser cruel, resolvemos reunir alguns dos maioresbullshots de todos os tempos. Boa parte das imagens é de jogos da atual geração, já que é essa a época em que a manipulação mais se mostra presente — o que é realmente uma pena. Sendo assim, confira o que as desenvolvedoras prometeram e o que foi entregue.
Operation Flashpoint: Dragon Rising
Eis um dos melhores exemplos para começar este artigo. Operation Flashpoint contava com a proposta de criar um FPS de guerra que fosse fiel aos combates reais. Para isso, a Bohemia Interactive, equipe responsável pelo desenvolvimento, decidiu criar uma jogabilidade complexa e, obviamente, gráficos à beira da perfeição, como você confere na imagem abaixo.
Promessa:

Ficou boquiaberto, não é mesmo? Realmente, as imagens divulgadas pela companhia faziam qualquer fã de Crysis pensar duas vezes antes de brigar pelo game mais belo. Entretanto, quando Dragon Rising chegou às lojas, a batalha estava perdida. E, infelizmente, os perdedores foram os jogadores.
O visual de Dragon Rising não é dos piores, mas definitivamente não se compara às imagens divulgadas pela companhia — incluindo algumas que a empresa alegava ter retirado diretamente do game. Decepcionante.
Entrega:

Star Ocean: The Last Hope
Star Ocean é um dos bons RPGs desta geração que não decolou por alguns pequenos erros. E, definitivamente, um de seus problemas está nos visuais das batalhas. As lutas do game da Tri-Ace são simplesmente horríveis, visualizadas em uma resolução deplorável e inferior a 560p.
A companhia prometia um modo de batalha com visuais tão belos quanto os que encontrávamos no game durante os momentos de exploração. A imagem abaixo deixa bem claro a promessa da empresa.
Promessa:
Mas, infelizmente, algo bizarro aconteceu com o título, que foi extremamente capado para poder rodar nas plataformas da atual geração. Compare a promessa acima com a batalha real que vemos no game e note a diferença nas texturas e, principalmente, na resolução. Triste.
Entrega:

The Getaway
Inspirado no filme homônimo, The Getaway era o tipo de jogo que todos gostavam na era do PlayStation 2. Um mundo aberto e muitas possibilidades, regadas por um visual estonteante, certo? Quase isso.
Quando anunciado, The Getaway ficou extremamente conhecido pelos seus visuais. Além da modelagem com um alto número de polígonos, o título também trazia texturas fotorrealistas, algo bem raro para a época. Veja a imagem abaixo e confira você mesmo.
Promessa:
Mas, a realidade é outra. The Getaway aparecendo apenas como um jogo de visuais medíocres, trazendo gráficos que não chegavam aos pés do que foi prometido. É realmente melhor escapar dessa.
Entrega:

Amped
Um dos primeiros jogos do Xbox original possui uma das imagens mais marcantes quando o assunto é bullshot. Durante a divulgação do game, a Microsoft decidiu liberar uma screenshot “in-game” na qual vemos o modelo de um praticante de snowboarding em frente à tela.
O grande problema é que a imagem foi nitidamente manipulada. Qualquer usuário que saiba lidar com programas de edição (incluindo o famoso Photoshop), notará o efeito das lentes refletidas pelo sol, algo facilmente aplicado.
Na época, em resposta, a Microsoft comentou que era normal “manipular as imagens para divulgação”.
Promessa:

Haze
Haze pode ser tranquilamente considerado um dos maiores fracassos do PlayStation 3. O exclusivo da Sony começou com muita especulação, ganhando até mesmo clipes musicais com a trilha sonora da banda de Nu-Metal Korn.
Todos estavam extremamente empolgados com o FPS, que, segundo vários jogadores e alguns veículos de mídia, tinha potencial para desbancar Halo, game que reina o gênero no Xbox 360. Imagens alucinantes e vídeos inacreditáveis surgiam por toda a parte, como você confere abaixo.
Promessa:

Ao colocar as mãos em Haze, a decepção foi grande. Quem esperava um título com gráficos semelhantes à Crysis ficou em crise. Além de ser sub-HD, o jogo também trazia texturas bem diferentes das que foram exibidas na maioria das imagens.
Entrega:

A série Gears of War
Sem dúvidas, a série Gears of War revolucionou a sétima geração, inclusive nos gráficos. Tanto o primeiro quanto o segundo jogo trouxeram visuais excelentes e que servem como padrão de qualidade até os dias de hoje. Mas, mesmo assim, a Epic Games, responsável pelo desenvolvimento, às vezes exagera, como você confere nas imagens abaixo:
Gears of War

Gears of War 2

NBA EA
Outra imagem extremamente famosa quando falamos de bullshot vem de um jogo de basquete da Electronic Arts. Nela, tudo está aparentemente normal. Mas, basta olhar para a parte esquerda da imagem. Viu? Há um jogador cortado ao meio! Outra imagem da série “Desastres do Photoshop”.

Motorstorm
A Sony pegou pesado na divulgação de Motorstorm, um dos primeiros títulos lançados para o PlayStation 3. Os jogadores conferiram vídeos, imagens e muita jogatina de um dos jogos que parecia ser um dos mais belos da época, como você confere na imagem abaixo:
Promessa:

Mas o fato é que Motorstorm ficou bem atrás do primeiro colocado na corrida dos gráficos. Além de trazer loadings infinitos, o título também pecava nas texturas, na modelagem e nas animações — ao contrário do que a Sony dizia.
Entrega:
Pro Evolution Soccer 2006
A série da Konami já teve seus dias de glória. E, definitivamente, Pro Evolution Soccer 2006 ainda era absoluto quando o assunto era futebol nos games. Sendo assim, nada melhor que algumas imagens alteradas para atiçar mais ainda os fãs, não é mesmo?
Promessa:

O resultado final prova que a Konami pisou na bola.
Entrega:
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Os vídeos também mentem!Apelando para clipes
Infelizmente, não são só as imagens que são manipuladas durante a divulgação de um game. Muitos vídeos também trazem um jogo bem diferente do produto final, algo que pode ser ainda mais revoltante do que uma simples screenshot estática. Vamos a alguns exemplos clássicos:
Red Steel
Sem dúvidas, a maior mentira da lista de vídeos. A Ubisoft exagerou demais ao divulgar uma propaganda com um rapaz que, supostamente, estaria jogando Red Steel em seu Wii, exibindo gráficos e até mesmo uma jogabilidade que jamais foi vista no game. O pior de tudo é que o clipe insinua que o jogo realmente está sendo jogado, ao contrário de outros vídeos que apenas exibem supostos trechos da jogatina.
UFC
Quando UFC foi anunciado, todos os fãs das artes marciais mistas foram à loucura. Afinal, não poderia ser diferente, já que o vídeo de divulgação exibia simplesmente um dos melhores gráficos desta geração, com animações quase perfeitas e um suor que parece sair da tela. UFC Undisputed 2009 foi um excelente game, mas não chega aos pés do que o trailer abaixo promete.
White Knight Chronicles
O exclusivo do PlayStation 3 prometeu revoluções e a desenvolvedora, Level 5, realmente tinha bagagem para argumentar. Mas várias falhas impediram que o game decolasse, se tornando apenas um RPG mediano. Mesmo assim, é difícil esquecer um dos vídeos que supostamente mostra a jogabilidade do game — que na realidade é bem diferente do exibido, infelizmente.
Killzone 2
Killzone 2 causou alvoroço quando foi exibido na Electronic Entertainment Expo (E3) de 2005. Talvez um dos trailers mais memoráveis do PlayStation 3 tenha realmente exibido os gráficos do título em tempo real, mas muitos ainda permanecem em dúvida. De fato, Killzone 2 chegou às lojas e impressionou pelos seus visuais, mesmo não sendo exatamente igual ao vídeo exibido na feira.